As palavras se perdem no caminho Os pensamentos voam sem destino O tempo passado é dado como perdido Mas não é assim Vivi o tempo que passou Vivo o tempo que passa Viverei qualquer tempo Se tiver tempo, o tempo que passará Eu sou agora o que fiz Ou o que deixei de fazer Tenho a opção de ser livre Se é que cativo fui Posso mudar ou continuar o mesmo Permanecer e ser feliz, enfim, Se não fui
As palavras se guardam pelo destino Os pensamentos voam pelo caminho Me perco no passado de um tempo perdido Passado que me convida a não mudar de tempo Como se a vida fosse mesmo assim Cativo do que fiz Ou da culpa de não ter feito Mas eu me sinto livre Ainda que tenha sido cativo Não posso continuar assim Sou feliz, não importa a adversidade
As palavras estarão sempre pelo caminho Os pensamentos sempre tentam ditar o meu destino O tempo passa e eu vivo Não me sinto perdido O passado não me incomoda E o futuro foi feito para ser vivido amanhã Hoje estou pronto para fazer o que preciso e quero Ou para o que deixei de fazer Vou juntar o lixo e jogar fora Manter vazia a minha taça da ira Lançarei sementes e colherei os frutos da evolução Serei livre do cárcere da emoção
As palavras são minhas companheiras no caminho Os meus pensamentos são meus conselheiros no destino Mas eu só confio no Senhor do tempo Porquanto o meu tempo nunca é perdido Porque eu escrevo a minha história Eu mesmo gerencio a minha memória Guardo o tempo vivido Vivo o tempo que estou vivendo Estou pronto para viver o tempo que ainda virá Assim eu sigo o meu caminho E sendo feliz enquanto eu tenho tempo Quando o meu tempo acabar. Tudo bem! Quero apenas um final feliz Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.