Amor impossível É loucura te amar. Mas eu não consigo evitar. Nosso amor não passa além da vidraça (invisível) que nos separa (intransponível). Eu fico do meu lado a contemplar o brilho intenso do teu olhar. E de contínuo a lamentar o nosso amor (impossível). Ah! esse amor que passa tão cheio de pressa. Que as vezes nega, as vezes confessa o que sente por mim. Mexe com a minha cabeça. E antes que desapareça. Sacode a minha esperança. Fomenta a minha saudade. Deixe de passar depressa. Sem tempo pra me ouvir dizer: eu te amo! Sem tempo pra eu te falar o que está preso na minha garganta. Quando é que você vai parar na beira da minha estrada com tempo pra ser amada. Se não houver lençóis, vamos rolar entre girassóis. Sem nos importarmos com a hora. Não podemos deixar pra depois. Mesmo que o sol vá embora. Importa é que somos nós dois. Liga pra mim só pra cantar uma canção. E me fazer um carinho no coração. Ainda que seja uma tremenda loucura. O meu amor por ti não tem cura. Sempre que o sol brilhar brandamente sobre a nossa lua. E a escuridão deitar o seu manto negro sobre a noite nua. Eu vou sonhar com você e no lugar onde for. Haverá sempre um rio de prazer sobre o nosso leito de amor.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.